Você trabalhou arduamente, deixou de comprar algumas bugigangas, juntou o dinheiro por um bom tempo e conseguiu: comprou seu carro zero!
Aquela máquina linda, repleta de tecnologia, que te leva a muitos lugares, que voa nas estradas... o automóvel é seu, só seu, nunca teve outro dono.
Mas ele consome bastante combustível e sabendo que existem muitos postos por aí que adulteram a gasolina e o etanol, você pesquisa quais deles são confiáveis e também prefere usar a gasolina aditivada, que mantém os bicos injetores limpos. Assim ele funciona melhor hoje e vai funcionar bem por muuiito tempo.
Você também procura fazer uma boa manutenção, um checkup, água, óleo, pneus... e dar uma voltinha, quando acha que ele tem ficado muito parado, pra não acabar ficando sem bateria.
Bom eu não sei se todo mundo aqui cuida bem do seu carro, mas acredito que quem comprou um zerinho deve ter o maior cuidado com ele.
Pois então, todos nós temos algo que nos foi dado zerinho, que nunca teve outro dono, que nos leva pra lá e pra cá, mas que sempre vai ser nosso e nunca poderemos trocar. Então é lógico que o cuidado deve ser maior, certo?
E esse algo é nosso corpo. Então, se temos tanto cuidado com o que vai no tanque do carro, porque não temos o mesmo cuidado com o que vai no nosso tanque (com o que comemos)?
Vocês podem responder que é porque o sabor do que faz mal é mais gostoso, mas lembrem-se de que isso pode ter um preço alto.
Comer besteirinhas de vez em quando, ao sairmos com amigos... é normal, eu faço isso. Mas e no dia a dia, quando você pode escolher entre um restaurante com comida nutritiva, outro duvidoso (mas barato) e um de fast (and junkie) food, o que você tem escolhido? E no supermercado... seu critério tem sido sabor, preço ou se aquilo vai te alimentar mesmo?
Hoje minha mãe contou que uma amiga dela está com graves problemas de saúde e que são típicos de uma alimentação deficiente. Essa senhora talvez não soubesse das consequências de comer errado quando era jovem. Mas hoje nós temos muita informação (algumas até erradas, mas não é difícil filtrar) então qual será a sua desculpa se acontecer algo assim?
Ontem no rádio, ouvi que uma em cada três crianças brasileiras estão acima do peso (http://bit.ly/9XvC3R). Maior poder aquisitivo, maior oferta de produtos, maior consumo, mais atividades sedentárias, menos exercícios... será que estamos no caminho certo?
Percebemos que estávamos no caminho errado em se tratando de uso de recursos naturais e emissão de poluentes e boa parte do mundo já tomou uma atitude quanto a isso. É louvável ver as pessoas fazendo coleta seletiva, levando suas ecobags ao supermercado, descartando pilhas e lixo eletrônico em lugares adequados, utilizando produtos reciclados... não está sendo difícil incorporar esses hábitos, certo?
Então quanto ao cuidado com a nossa saúde, também acho que não é difícil mudarmos certos hábitos. E podem acreditar que as indústrias de alimentos já estão caminhando no sentido de torná-los mais fáceis. Aquelas que fecharem os olhos para essa revolução, vão ficar para trás.
Meu objetivo ao estudar Engenharia e de buscar um trabalho na indústria alimentícia é de tornar os produtos mais saudáveis, mais acessíveis e sem deixar de ser saborosos. Qual não foi minha felicidade ao ouvir nas palestras do 3º Painel de Inovação e Qualidade da Indústria de Alimentos que este também é o objetivo de boa parte dos profissionais da área.
Mas não adianta só fazer e “empurrar”, sou a favor do consumo consciente e veio por meio deste blog compartilhar informações a respeito de alimentação e também de exercícios físicos (pois adoro ler e conversar sobre isso) com vocês.
Podem mandar dúvidas, sugestões, comentários, etc... ainda não sou profissional ou autoridade pra falar sobre isso, mas o assunto me entusiasma muito, pode-se dizer que já faz dez anos que leio tudo o que cai na minha mão sobre alimentação e treino.
É isso... ;)