sábado, 30 de junho de 2012

Alimento Funcional - Desafio Aceito!

Volta e meia a gente lê nas revistas e sites por aí que um novo ingrediente com propriedades benéficas à saúde ou à beleza foi criado... um adoçante de sabor ótimo, um alimento que ajuda a emagrecer, outro que reduz o colesterol ruim, outros que ajudam até na concentração e memória...
Mas bom, cadê esses produtos? Por que demoram a chegar ao mercado? Ou se chegam, por que são caros?

Well, o desafio de se criar um alimento saudável não termina na pesquisa de ingredientes, depois disso tem chão... um chão esburacado, com poças e outros obstáculos...

Obstáculo 1: ingrediente raro
Descobriu-se que uma semente faz maravilhas no seu corpo ao ser ingerida. Ok, mas de repente essa semente só existe em um lugar do mundo porque seu cultivo é difícil, ela fica cara e ainda corre o risco de ser barrada na saída/entrada dos países.




Obstáculo 2: Ingrediente chato
Ele é tudo de bom pra saúde, mas não dissolve, não é bonito, tem gosto estranho, parece não combinar com nada... ah, mas combina haha... um desafio pros especialistas em transformar características organolépticas.


Obstáculo 3: Fabricação
Como o diferencial do alimento funcional são suas propriedades, certas mudanças devem ser realizadas no processamento, armazenagem e transporte, algumas vezes é preciso modificar as máquinas e isso não é fácil nem barato.


Obstáculo 4: Conservação
Usar muitos conservantes e outros aditivos artificiais não é bom, né? É necessário desenvolver outras maneiras de conservá-los. Elas existem, mas de novo, exigem adaptações na fábrica, o que pode encarecer o produto e em algumas vezes não prolonga tanto o tempo de prateleira.

Obstáculo 5: 
Conquistar o consumidor seguindo as recomendações dos órgãos regulatórios

É preciso mostrar o diferencial, porque o produto é bom, porque ele deve escolher o nosso e não o comum, porque compensa pagar mais (se for o caso). Tudo isso de forma rápida e clara, sem esquecer que a maioria não tem obrigação de saber para que serve a vitamina X, o mineral Y e o nutriente Z. Mas não dá pra escrever como a gente fala numa conversa com amigos "olha, isso faz bem, ajuda a desintoxicar, a emagrecer, a pele fica ótima..." os dizeres no rótulo têm que ser sutis, não se pode fazer comparação com outro alimento (por exemplo: tem 2x mais potássio que a banana), deve-se seguir as infinitas regrinhas pra rótulos porque pegam no pé mesmo! Tá certo, temos que nos preocupar com a correta interpretação por parte do consumidor, mas a verdade é que às vezes o regulatório têm umas implicações sem sentido.

Engraçado que pegam no pé e implicam com quem está fazendo um alimento saudável, mas se, por exemplo, um cereal ou biscoito rico em açúcar alega q dá energia, disposição, te torna um superherói e só porque tem um mix de n vitaminas (de uma forma que talvez o corpo nem consiga absorver) fala que é saudável aí tudo bem, né?
E essa história de a Coca-Cola do Brasil ser a que tem maior concentração de substâncias cancerígenas, hein?? Cadê a vigilância ae

Uma coisa que deu pra perceber é que produtos inovadores de outros países encontram dificuldade de entrar no Brasil por causa do regulatório (por essa e outras demora tanto pra chegar aqui).



Bom isso ae foi um brevíssimo resuminho, tem mto mais pepinos no caminho dependendo do produto... e claro, é importante ressaltar que o Obstáculo 0, de pesquisar e formular é um baita desafio também... isso é só pra vcs terem uma noção da batalha que se enfrenta pra um alimento funcional entrar no mercado. E pra vcs valorizarem mais os que já conseguiram heheh xD

Hahahahaaa!!!


merchanzinho =p adoro essas balinhas!!




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